domingo, 25 de abril de 2021

ANSIEDADE, UM TRANSTORNO QUE DÁ MEDO

       Todos nós, de uma forma ou de outra, experimentamos ansiedade. Portanto, a ansiedade, por si só, não é um mal a ser evitado. Ficamos ansiosos quando temos alguma coisa importante para resolver; uma prova na universidade, um compromisso inadiável, uma palestra a ser dada. Enfim, há uma série de atividades corriqueiras que podem nos trazer uma certa ansiedade. A ansiedade, contudo, só se torna um problema, quando ela passa a interferir, de forma negativa, no andamento normal de nossas vidas. Quando ela se torna constante e incontrolável. Nesse caso, podemos estar desenvolvendo o chamado transtorno de ansiedade.  

           O Transtorno de Ansiedade pode ser uma enfermidade mental séria. As pessoas com esse problema podem desenvolver medos e preocupações extremas que lhes venham causar grande desconforto e sofrimento. Mas como saber se estamos com esse problema, se nossos sintomas fazem parte do conjunto de sintomas que caracterizam o Transtorno de Ansiedade. E o que fazer nesses casos? Vejamos, primeiro, alguns tipos de  transtorno de ansiedade.

            1. Síndrome do Pânico - é uma sensação de medo intenso que surge repentinamente, sem aviso e sem razão aparente. Esse sintoma pode vir, normalmente, acompanhado de suadouro, dores no peito, palpitações, batimentos cardíacos irregulares e também de uma sensação de engasgamento. Muitas pessoas dizem ter a sensação de que estão tendo um ataque cardíaco

         2. Fobia Social  - Algumas pessoas desenvolvem uma angustiante sensação de estarem sendo julgadas constantemente pelos outros. Sentem-se embaraçadas na presença de outras pessoas e temem comportar-se de forma ridícula.

            3. TOC - O Transtorno Obsessivo Compulsivo é um dos mais conhecidos transtornos dos dias de hoje, pois muita gente famosa já veio a público dizer que padece dessa enfermidade. Caracteriza-se, principalmente, por pensamentos e medos que as fazem desempenhar determinados rituais e rotinas desgastantes emocionalmente, pelas exaustivas repetições  que, às vezes,   o afetado  se impõe. Tais pensamentos são chamados de obsessões e os rituais são as compulsões.

        4. Fobia Específica - Esse tipo de transtorno se caracteriza por um medo intenso de alguma coisa especifica, como medo de certos bichos, altura, de viajar de avião  etc.

          5. Distúrbio Pós-traumático - um problema que pode aparecer após  um acontecimento traumático; por exemplo, a morte de um ente querido, um assalto,   abuso sexual etc. As pessoas que passam por esses traumas, frequentemente, tem pensamentos apavorantes  que perduram por longo tempo; essas pessoas  tendem a se tornar emocionalmente apáticas.

        Os tipos de transtornos de ansiedade descritos acima, são alguns dos mais importantes; mas há, ainda, outros tipos que iremos descrever em outra oportunidade. Vejamos agora,   alguns de seus  sintomas mais característicos. São eles:  agitação, medo, pânico; pensamentos descontrolados e obsessivos, lembranças constantes de experiências traumáticas; pesadelos, problemas para dormir. Mãos e pés frequentemente suados; respiração curta, palpitações, náusea e tonturas. Comportamentos ritualísticos, como lavar as mãos com excessiva frequência, boca seca, dificuldade de manter-se calmo etc.
       A boa notícia, no entanto,  é que existem tratamentos para esses problemas, que aparecem cada vez com mais frequência e em um número cada vez maior de pessoas de todas as idades. Além da consulta normal ao médico de confiança -  existem hoje outras formas de tratamento muito eficazes nesses casos. Como a psicoterapia, a hipnose e técnicas de relaxamento e controle da ansiedade, entre outras. Técnicas essas, que não recorrem à utilização de medicamentos como antidepressivos e que, portanto, evitam  a dependência medicamentosa.




segunda-feira, 5 de abril de 2021

OS MILAGRES VÊM DE DENTRO

             O que a gente mais quer dos outros é o que menos temos para dar a nós mesmos. Temos dificuldade de entender que somente nós podemos nos dar aquilo que mais queremos. Mas, o que tem de novo aqui? Trivial. Óbvio. Quem não sabe? Dã!!! Nem tanto. Lê-se muito. Aprende-se pouco. Fala-se demais. Medita-se infinitamente menos. Esperamos o milagre de fora. Aprendemos a esperar um salvador. Seja ele deste ou de outro mundo. Não custa insistir no entanto. Quem tem ouvidos que ouça. Se você busca amor, ame-se; respeito, respeite-se. Se você quer ser visto, olhe-se. Se você quer atenção, preste atenção em você e veja o que você pode se dar. Vou chover no molhado: quanto mais necessitamos, mais nos associamos a pessoas que não sabem dar. Pode não parecer óbvio, mas elas estão ali para cumprir um papel importante: nos mostrar exatamente o que precisamos encontrar, ajustar, perceber, fazer aflorar em nós mesmos. É o outro que nos permite a acuidade. O perceber verdadeiro de onde estamos neste momento de nossa vida. Você quer ensinar? Aprenda primeiro. Seja autodidata. Aprenda sozinho. Para você. Por você. Você chama isso de egoísmo? Mas, querer mudar o mundo dos outros para você caber nele, é o quê? Se você quer, não peça. Doe-se. Você tem ciúme, inveja, pena de você. Você se sente injustiçado? Faça justiça a você mesmo. Absolva-se. “Des culpe-se”. Afinal, sua dívida ( se alguma) é de você para com você mesmo. Você é imediatista, ansioso, quer tudo para ontem, mas não percebe que passou a vida querendo mudar o mundo lá fora. Você não cabe em si mesmo. Você quer que o outro tenha olhos pra você, mesmo e quando você não se vê com bons olhos. Eu sei o que você está dizendo: Tudo bem, tudo bonitinho, muito filosófico, e daí? Eu quero saber como eu faço na prática. Eu lhe digo: primeiramente, leia novamente este texto. Medite sobre ele. Gaste um tempo pensando. Você não vai a lugar algum. Se você for religioso, lembre do que Jesus dizia: “ O caminho do pai é o caminho de volta.” Nós já estamos onde queremos ir. Só nos falta compreender isso. Vivemos uns com os outros não para esperar que o outro nos faça feliz, nos valorize. Mas, para que sua presença e atitude nos mostre onde nós não estamos sendo justos com nós mesmos. Quando você queima um dedo, por exemplo, você não fica furioso com os ostros. Você imediatamente percebe que deve ser mais cuidadoso com o que faz. Que deve cuidar melhor de si mesmo. Observe. Critique e critique-se menos. Tudo está no seu lugar. E se você quiser mudar a paisagem, mude o ponto de vista. Veja-se de um outro ângulo. Faça diferente. Acredite, não há milagres vindo de fora. Amar-se não é uma questão filosófica de retórica. É respeitar nossa verdade intrínseca. Somos filhos do universo. O que é verdade para ele é verdade para nós. Não há o que temer. O que mudar. Precisamos apenas compreender. Aprender para dentro. Perdoe-se e perdoe o outros. Quando você se encontrar, o mundo que você conhece e não gosta mudará. Ou desaparecerá sem que você precise fazer o menor esforço.