quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Armadilhas Cognitivas


Aeron Beck, o psiquiatra criador da Terapia Cognitivo-Comportamental, estabeleceu os fundamentos para as seguintes distorções cognitivas que podem nos levar a depressão, isolamento e a ansiedade, se vivenciadas com frequência.
1.    Generalização – Você tem duas ou três experiências negativas e acha que no futuro tudo será da mesma forma e fará, ironicamente, que sua profecia se concretize.
2.    Deveria ter feito isso...deveria ter feito aquilo -  Você pensa constantemente: “se eu tivesse agido assim, nada disso teria acontecido...” Liberte-se disso. As coisas acontecem por que tem de acontecer. Por razões que nós nem sempre entendemos.
3.    Negativismo – Se alguém diz alguma coisa que você acha não ser positivo, você já acha que tudo de negativo vai se seguir a isso. E você se bloqueia e se afunda num espiral de negatividade. Você continua remoendo o assunto e não consegue mais fugir dele. Você passa ser escravo de seus próprios pensamentos.
4.    Leitura Mental – Você acredita muito em seus pensamentos. O que, normalmente, faz com que você acredite que sabe o que os outros estão pensando. Em estudos recentes foi descoberto que mesmo os terapeutas conseguem adivinhar apenas 50% do que os seus pacientes estão verdadeiramente pensando.
5.    Criar tragédias – Quando você dá dimensões exageradas aos acontecimentos você cria uma teia de preocupações, fantasiando com relação à forma como  todas as coisa podem dar errado.
6.    Autopunição – Culpar-se pelo fato das coisas terem dado errado perpetua a baixa autoestima e trás um ciclo vicioso de mais e mais preocupações. Aceitar suas responsabilidades por erros cometidos, enquanto você pensa em alternativas melhores para o futuro, é a melhor coisa a ser feita. Não é saudável acreditar que todas as coisas ruins acontecem por sua causa e para você. A maior parte das coisas que acontecem têm mais de uma causa. Sua contribuição talvez seja a menor e a menos importante delas.

7.    Avaliação Errada – Você avalia erroneamente ou interpreta mal uma situação. E depois pensa que você é um fracasso, quando tudo que você fez foi cometer um erro e nada mais.

8.    Transformando o positivo em negativo – Você sempre acha motivo para desconfiar dos outros, até mesmo dos amigos, e tem a tendência a dispensar cumprimentos sinceros. Esta forma de pensar arruína o que existe de positivo e enfraquece a amizade e a intimidade.

9.    Pensamentos como coisas reais - Você acredita que seus pensamentos são reais, quando na verdade são só pensamentos. Aprenda a liberá-los. Em especial aqueles que não são objetivamente verdadeiros. Não fazer isso pode levar a conflitos, especialmente quando você pega uma coisa que só existe na sua cabeça e a transforma em verdade.

10.  Emoção descontrolada – Você acha que sente alguma coisa. Então, essa coisa deve ser verdade. Por exemplo, você se sente ansioso e conclui com certeza que alguma coisa terrível vai acontecer.

11.  Subestimar / Superestimar  – Você tende a diminuir a importância das coisas ou faz tempestade em copo d´água. Dar a dimensão exata do problema é chave da questão. Embora, nem sempre seja fácil.

Preste atenção no número de vezes por dia que você cria essas distorções. Uma vez ciente disso, você deve fazer um esforço consciente para reduzir essa frequência. Conscientizar-se do problema é o primeiro passo no processo de mudança. A Terapia Cognitiva-Comportamental pode ajudá-lo a identificar e lidar com seus processos mentais para que você tenha uma forma mais saudável de ver a vida.  




terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Psicodinâmica do Diabetes


(Segundo Rüdiger Dahlke em seus livros – "A Doença como Caminho" e a  "A Doença como Símbolo")
Plano corporal: Pâncreas (análise agressiva, digestão dos açúcares).
Pâncreas: Pertence ao sistema digestório, é uma glândula mista com duas funções importantes, em que sua parte exócrina produz os sucos digestivos vitais cuja atividade revela sua natureza obviamente agressiva.  A parte endócrina contém os grupos de células conhecidas como placas celulares que produzem a insulina cuja redução leva ao diabetes (doença do açúcar).
O termo diabetes vem do grego e significa “arremessar através de” ou “atravessar”.  O diabético não pode (devido à falta de insulina) assimilar o açúcar contido nos alimentos, ocasionando que escoa e seja eliminado através da urina. 
 Substituindo a palavra açúcar pala palavra amor chegamos ao nível do problema do diabético.  Alimentos doces são um mero substituto para outros desejos doces, que tornam a vida uma doçura.  O desejo de comer doces e a incapacidade de assimilar o açúcar introduzindo-o nas próprias células delata o inconfessado desejo da realização amorosa. 
O diabético tem que viver com “alimentos substitutivos” especiais, viver com substitutos dos próprios desejos, levando a um excesso de acidez em todo o corpo, que pode chegar ao ponto de o paciente entrar em coma. 
Os ácidos são elementos de agressão.  Então, estamos diante de polaridades entre amor e agressividade, entre o açúcar e o ácido.  Os que não têm amor se tornam azedos – o que não têm tolerância acabam logo por tornar-se intoleráveis.
As únicas pessoas que aceitam o amor são aquelas que também são capazes de dá-lo; os diabéticos desejam amor, mas não se atrevem a procurá-lo ativamente.  Continuam ansiando e desejando por ele, como não conseguem obtê-lo, já que não aprenderam a dar amor, este passa por elas sem deixar sinal, e têm que expelir o açúcar que não assimilaram.  Mas não é por isso que devem tornar-se azedos.
Plano sintomático: diarreia do amor, medo do amor, desejo de saborear coisas doces (amor) e a doce vida, numa concomitante incapacidade de aceitar e deixar entrar o amor completamente; não acolher o doce da vida, ou seja, não poder admiti-lo no mais íntimo (das células); não poder se envolver no amor; desejo não reconhecido de satisfação pelo amor; tornar-se azedo devido a incapacidade de amar; não ter aprendido a dar amor; não se atrever a atacar ativamente o domínio do amor.
Tratamento: reconhecer o medo e a estreiteza com relação aos assuntos amorosos; reconhecer a incapacidade de admitir o amor em sua esfera mais íntima (açúcar nas células); aprender a evitar os planos não redimidos da vida, ou seja, a fechar-se para eles; no pólo oposto, abrir-se para o amor nas perspectivas anímicas e espiritual.
Remissão: encontrar o meio termo entre aceitar e renunciar; reconhecer e viver, o dar e o receber, como os dois lados do amor e da realidade.
Segundo Louise  L. Hay, o Diabetes é interpretada como “desejar por aquilo que poderia ter sido; grande necessidade de controle; mágoa profunda; nada ficou doce.”
O primeiro passo para os portadores de diabetes é se conscientizar da doença e suas causas.