Que culpa eu tenho desses olhos verdes,
Ou
desse olhar noturno de rua?
Que
culpa eu tenho
Desse
sorriso branco,
Ou
dessa boca nua?
Que
culpa eu tenho dessa pele negra,
Ou
dessa negra sensação à flor da pele?
Que
culpa eu tenho dessa alegria
Que
livre em mim emana,
Ou
dessa prisioneira liberdade
Que
me inflama?
Que
culpa eu tenho desses passos lentos,
E
da velocidade insana de meus pensamentos?
Que
culpa eu tenho pela chuva
Que
de meus olhos vasa,
Das
bombas todas sobre minha casa,
Do
perfume que de tudo exala,
Do
rio inundando minha sala?
Que
culpa eu tenho de não ter culpa alguma,
Se
com pouco me contento,
De
ser inconstante como o vento,
Ou
sereno como a lua?
Que
culpa é essa que em mim não cabe,
Se
você me ama e confusa inda não sabe,
Se
não tenho passado nem futuro,
Vivo
agora,
Se
vai me amar como eu mais quero.
Que
culpa eu tenho... que culpa eu tenho?
Nenhuma...
eu espero!
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